Todo projeto, para ser bem sucedido, precisa de uma
estratégia planejada. Isso serve também para os:
• Concursos públicos
• Vestibulares
• Testes supletivos
• Testes de seleção de pessoal
Todos não passam de mais "jogos", que precisamos
saber jogar.
Entretanto, ler sobre como ser bem sucedido em concursos,
não significa que teremos sempre êxito. Isso acontece porque, mesmo advertidos,
pecamos em algumas orientações simples:
• Escolhendo a vaga apenas pelo salário que oferece
• Não estudando corretamente as matérias (por falta de
tempo, achar que "já sabe demais", ou dedicando-se mais às matérias
erradas)
• Lendo superficialmente o edital
• Não possuindo os requisitos exigidos (estar aquém do grau
de exigência intelectual ou física necessárias)
• Não adquirindo apostilas e livros necessários
Contudo, alguns cuidados são indispensáveis. Muitas pessoas
bem preparadas não são bem sucedidas em seleções justamente por não observarem
esses pontos.
ESCOLHA
A fase de decidir para qual curso, ou cargo, concorrer é uma
das mais importantes nesse tipo de processo. Uma escolha mal feita pode detonar
todo o projeto, logo de início. Às vezes, nem é interessante ser candidato,
muito mais porque está cada vez mais difícil pagar as taxas de inscrição.
1.SALÁRIO
A necessidade de salário é bem particular para cada um. A
exigência é bem menor para aqueles em início de carreira (que precisam ainda
ganhar experiência) ou desempregados, do que para os com muitas obrigações e
dependentes. Mas, em geral, precisamos analisar qual a remuneração mínima que
podemos aceitar (incluindo o salário indireto - benefícios, comissões e
gratificações).
Muitas pessoas ainda utilizam o antigo critério de só se
candidatarem a vagas que garantam uma remuneração, no mínimo, 50% superior a
que já possuem, quando na realidade a crise econômica mundial não está
permitindo mais a escala financeira que muitos sonham ou merecem.
Dependendo da situação, manter o mesmo poder aquisitivo, ou
até trocá-lo por uma maior estabilidade, já é lucro. É importante lembrar que,
conforme o regime de trabalho, os impostos (imposto de renda na fonte,
previdência social e fundo de garantia) podem levar boa parte do salário bruto.
Às vezes um salário menor com menos descontos é tão atraente quanto o que se
ganha hoje.
Outro fator primordial é o índice de reajuste da categoria,
ao qual o salário está associado, para evitar que a maior parte da sua
remuneração direta seja engolida pelo tempo.
No geral, concorrer a vagas apenas pelo alto salário
oferecido pode levar a sucessivos fracassos em concursos, uma vez que a
competição é muito mais acirradas nesses casos
2. NÚMERO DE VAGAS
Ao contrário do que muita gente pensa, quanto menos vagas
existirem para uma categoria, melhor. Isso acontece porque a maioria dos
concorrentes prefere disputas "mais fáceis", para cargos com muitas
vagas. O resultado é justamente o inverso: Quanto mais vagas, maior a procura
3. CONCORRÊNCIA
Já o grande número de candidatos à vaga é desestimulante,
pois aumenta a probabilidade de existirem concorrentes mais bem preparados.
Também é interessante verificar a relação de "Número de vagas X
Concorrentes", para analisar proporcionalmente o que significa aquele
número de candidatos.
Processos seletivos pouco divulgados e de órgãos pouco
conhecidos também tendem a ter baixa concorrência
4. EXIGÊNCIAS
A tendência é o aumento do nível de exigência para as
classificações. Por outro lado, o crescimento da concorrência no mercado de
trabalho e a escassez de vagas disponíveis, fazem com que os seletores possam
escolher mais rigorosamente entre a mão-de-obra disponível. Noções de
Informática e inglês, por exemplo, devem se tornar comum.
Assim, é frustrante tentar um concurso que exige muito além
da sua capacidade (como acontece em concursos da área de fiscalização,
jurídica, seleções para embaixador e em algumas provas para cursos
internacionais).
Para diminuir esse problema, é interessante manter-se
atualizado, estudando constantemente, e com bastante antecedência da data das
provas.
Esse princípio também vale para os exames que aferem a
capacidade prática ou física do candidato. Não adiante entrar numa seleção para
a qual você não tem condições de passar nos testes de aptidão no computador ou
nos 100m rasos, por exemplo.
O nível de escolaridade exigido determina fortemente o grau
da concorrência que se vai ter. Entrar em seleções que exijam apenas o segundo
grau, quando já se ganhou toda a experiência de um curso universitário pode
fazer a diferença do candidato
5. BENEFÍCIOS
Os benefícios de uma função agregam valor real ao salário.
Em muitos casos, superando até o próprio salário base. Para tal, deve-se somar
o valor dos tickets alimentação, parcela do plano de saúde paga pela empresa,
cesta básica, ajuda de custo, ajuda de transporte, gratificações e adicionais.
Mas, atenção: é importante saber se os benefícios serão
incorporados à remuneração em caso de licenças e aposentadoria. Caso contrário,
o salário, quando inativo, não justificará todos os anos dedicados àquele
trabalho. O salário indireto também pode ser perdido a qualquer momento.
A forma de aposentaria é um forte diferencial. Quando a
empresa oferece complemento ou equiparação salarial do aposentado em relação ao
ativo, é o ideal. Recolher FGTS pode diminuir os rendimentos mensais, mas são
uma poupança forçada para necessidades futuras.
A maior ou menor estabilidade (risco de perder o emprego) e
a ajuda educacional (em cursos e reciclagens profissionais) devem também ser
considerados como benefícios
6. CARGA HORÁRIA
Mesmo que a tendência seja a redução cada vez mais das horas
trabalhadas, a carga horária semanal não é um benefício considerável, ainda
mais as demais vantagens não forem supridas. Em outras palavras, não devemos ir
atrás de trabalhar pouco, em detrimento de outras vantagens
7. VOLUME DE TRABALHO
Semelhantemente à carga horária, o volume de trabalho só
deve ser considerado se excessivo ou estressante. Mas, não tenha medo de
trabalhar muito. Geralmente, a melhor remuneração está associada a uma maior
responsabilidade
8. NATUREZA DO CARGO
Cada pessoa possui um perfil e aspirações individuais.
Trabalhar ou estudar por muito tempo, em alguma coisa para a qual não se tenha
a menor vocação, pode ser martirizaste. Portanto, nem só salário e vantagens são
importantes no cargo pretendido
9. OBJETIVO DA EMPRESA
Como faremos parte do mesmo barco, quando ingressarmos na
carreira, é interessante pesquisar a solidez da organização e o futuro do
próprio produto que ela produz, para evitar tomar a canoa errada
10. EXIGÊNCIAS DE CURRÍCULO
As exigências de cursos e treinamento que as empresas fazem
nem sempre excluem um candidato que não se enquadre 100% nas especificações.
Dependendo do rigor da seleção, das intenções da empresa e
até do nível dos outros candidatos, esses critérios podem ser mais ou menos
flexíveis.
Ou seja, não ter determinado curso não significa que o
candidato está fora da concorrência. Algumas contratações demoram tanto tempo
para serem efetuadas que o candidato tem condições de fazer o curso mesmo após
ter prestado o concurso
ANÁLISE DO EDITAL
Uma etapa muitas vezes menosprezada pelo concorrente é a
análise do edital de Seleção. Ele não só define a taxa de inscrição e datas dos
testes, como estabelece todas as regras do jogo. Portanto, é interessante ler
com muita atenção o edital, para saber:
1. PONDERAÇÃO
Qual o peso de cada matéria. A ponderação das notas das
provas define quais as matérias que se deve estudar mais.
Podemos até escolher o cargo, ou curso, para o qual
concorrer pelo que mais valoriza as matérias onde se é mais forte. Na ponderação,
também ficamos sabendo qual a prova que teremos de fazer com maior atenção.
Em algumas seleções, são pontuado o currículo (cursos),
experiência na área (tempo de serviço), feitos testes práticos e de resistência
física
2. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A fórmula pela qual será computada as notas, complementa a
noção que se precisa ter sobre o que é mais importante para os avaliadores.
A fórmula geralmente valoriza determinadas matérias,
comparando o número de questões acertadas com aquelas incorretas. Sempre,
quanto mais se acerta e menos se erra, melhor. O programa do que é exigido em
cada matéria deve ser considerado à risca
3. CRITÉRIOS DE DESEMPATE
No edital, também ficamos conhecendo quais serão os pontos
fortes quando atingirmos uma nota igual a de outros candidatos.
Normalmente, os critérios de desempate valorizam as pessoas
de maior idade e que obtiveram maior nota nas provas de conhecimentos
específicos. Assim, os candidatos de idade avançada podem até levar vantagem.
Os deficientes físicos já saem ganhando nesse item, pois são
sempre reservadas vagas exclusivamente para eles
4. CRITÉRIOS DE DESCLASSIFICAÇÃO
Atenção para os procedimentos que podem desclassificar
sumariamente o candidato, como utilizar calculadoras, portar livros na hora da
prova e, principalmente, atingir o ponto de corte.
PREPARAÇÃO
A Preparação para o concurso é muitas vezes completamente
desconsiderada:
1. MATERIAL DIDÁTICO
Deve-se reunir os apostilas e livros necessários para
cumprir todo o programa exigido.
A falta de investimento nesta fase é fatal. Se você compra
exatamente a mesma apostila que a maioria dos concorrentes comprou, não estará
aumentando em nada suas chances de passar na frentes deles. Estudar sem o
material didático necessário para passar é insuficiente. Dê preferência a
livros e boas apostilas especializadas no assunto.
Se possível, conseguir cadernos de exercícios é muito útil.
Preferencialmente, contendo provas dos concursos anteriores. Mesmo que os teste
mudem de ano para ano, ao menos tem-se uma idéia do formato adotado nas
perguntas
2. CURSOS
Um bom curso preparatório é importante, principalmente para
as matérias de conhecimentos específicos ou técnicas, que não sejam dominadas
suficientemente.
O curso é mais um recurso para se superar os demais
candidatos, servindo também para disciplinar o estudo. Mas, atenção: fazer um
curso apenas não garantirá sua vaga - é indispensável estudar
3.ESTUDO
Por mais que se conheça um assunto, deve-se sempre relembrar
o que se sabe. Fazer um concurso sem estudar, é um total desperdício.
Deve-se procurar tempo (até no horário do almoço), para se
preparar o melhor possível. Serão alguns meses de sacrifício, mas as
recompensas poderão ser para o restante da vida... E, tempo é uma questão de
prioridade (interesse) - acabar um namoro por falta de tempo é apenas uma
desculpa, quando não gostamos realmente da pessoa. Quem ama, sempre arrumará
tempo para a pessoa amada.
Mesmo antes da publicação do edital, pode-se comparar o que
estão exigindo os concursos similares, e ir se atualizando naquela matéria.
Saber a instituição que elaborará os testes é indispensável. Cada uma possui um
"estilo" e grau de exigência próprios, que podem nortear os esforços
de estudo.
Mas, é essencial "saber estudar". Um estudo
proveitoso é aquele feito:
• Em um horário específico
• Com ambiente propício
• Com todas as necessidades básicas supridas (sono,
alimentação, descanso e preocupações)
• Seguindo o roteiro de: "Entendimento",
"Resumo", "Exercícios" e "Fixação" (não adianta
entender todo o assunto, sem fazer uma síntese do que se aprendeu, praticando e
decorando o que precisa ser decorado).
Sem seguir todos esses passos, o candidato corre o risco de,
na hora da prova, se saber a matéria, mas não se lembrar da regra; ou recordar
a regra, mas não saber aplicá-la. Fazer o maior número possível de exercícios,
preferencialmente resolvendo questões de concursos anteriores é muito importante
*Faça os testes cronometrando o tempo, para aprimorar sua
rapidez de resolução
DIA DA PROVA
1. LOCAL
Visite com antecedência o local aonde os teste serão
realizados. Muitas pessoas se perdem ou vão para locais errados, atrasando-se
ou até não conseguindo realizar a prova. Trace minuciosamente o roteiro que vai
seguir de casa até o local de testes, para evitar atropelos
2.HORÁRIO
Outra questão onde seu nervosismo pode lhe trair é quanto ao
horário da prova. Sempre saia com antecedência de casa, para estar cedo no
local dos testes.
Os horários de máximo de chegada e de fechamento dos portões
devem ser observados. Assim como, a hora de encerramento. Todos constantes no
edital.
Como a tendência é exigir muito em pouco espaço de tempo,
não se desligue do tempo, mas faça as provas com atenção
3.ALIMENTAÇÃO
Evite comer demais, ou mal, antes da prova, para não sofrer
congestões ou disenterias. Também não faça a prova com fome. Algumas pessoas se
precavêem levando lanches e água mineral, para evitar imprevistos na hora do
teste
4.MATERIAL
Confira o que é necessário levar para a prova, antes de sair
de casa. Tanto os documentos e canetas, exigidos no edital, como os objetos de
sua necessidade, como guarda-chuva e relógio (para cronometrar o tempo da
prova) - de preferência o mesmo que utilizou para os exercícios
*Caso o edital não permita telefones celulares, bips, etc.,
é importante atentar para não ser desclassificado
NA HORA DA PROVA
1.TEMPO
Controle o tempo de resolução da prova, de acordo com o
tempo total disponível e o grau de dificuldade encontrado nas questões: Resolva
primeiramente (dedicando mais tempo) a prova com mais peso para a pontuação
final. Em cada prova, deixe as questões mais difíceis para o final.
Não se esqueça de considerar o tempo para, ao final, fazer a
revisão geral das respostas, preenchimento da folha de respostas e revisão
desse preenchimento
2.REVISÃO
Alguns pontos podem ser "salvos" na última hora,
justamente na revisão, ao final da resolução de todas as questões. Confrontando
o que foi solicitado com o sua resposta, para evitar o erro muito comum) de
marcar a questão correta, quando o que se pedia era a incorreta
3.FOLHA DE RESPOSTAS
Também é frustrante preencher incorretamente a folha de
respostas ou deixar de passar para ela uma questão que se sabia a resposta
correta
A idéia é conseguir uma boa colocação. O período de validade
do concurso e a prorrogação desse prazo, o remanejamento de candidatos, o
aparecimento de novas vagas, desistências ou desclassificação de concorrentes,
com o tempo, serão os fatores de "sorte" que se encarregarão de
reclassificar o candidato.
Boa Prova